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Terapia Periodontal de Suporte


Implica na necessidade básica dos procedimentos terapêuticos de suporte para que os pacientes, através de esforços próprios, possam controlar a infecção periodontal. Experiências clínicas sobre os efeitos a longo prazo dos tratamentos da periodontite tem demonstrado claramente que uma cuidadosa manutenção periodontal pós – terapêutica é parte integrante do tratamento e se constitui, talvez, na única forma de garantir por longo período os efeitos benéficos da terapia aplicada. Vários estudos clínicos longitudinais ressaltam o papel decisivo da terapia periodontal de suporte na manutenção da saúde periodontal obtida.


O grau de sucesso da terapia depende do período na qual a formação da placa supra e sub gengival é evitada pelo controle mecânico da mesma (o controle de placa mal sucedido resulta em perda adicional de inserção) e da manutenção da terapia aplicada e do controle de placa realizada pelo próprio paciente (objetivo muito difícil de ser conseguido). Quando iniciar a manutenção?


Westfelt (1983) preconiza consultas de revisão, que incluem limpeza profissional a cada duas semanas, seguidas de um programa de manutenção com profilaxia a cada três meses.


Knowles (1979) e Ramfjörd (1987) acreditam que a manutenção deve iniciar através de limpeza profissional semanalmente, durante um período de quatro semanas de cicatrização, seguido pela manutenção a cada três meses.


Deve – se ressaltar que o controle de placa feito pelo próprio paciente durante a fase de cicatrização é muito importante para o sucesso do tratamento periodontal. Na fase de manutenção a assistência profissional em intervalos regulares se faz necessária para: renovar a motivação e as instruções de higiene oral; eliminar o cálculo e outros fatores retentores de placa; realização de polimento e aplicação tópica de flúor. Com isto, a manutenção objetiva o controle da placa bacteriana e sua eliminação por completo por um longo período de tempo; manter o nível de inserção por um longo período de tempo, mesmo em pacientes cuja higiene oral não é perfeita.


Rotina Prática: exame e avaliação: para avaliar as condições periodontais e o padrão de controle de placa; tratamento de apoio, quando necessário: utilizado para informação e motivação do paciente, fornecer instrução sobre métodos de controle de placa e realizar raspagem e polimento.


Exame e Avaliação:


- condições periodontais: inflamação gengival (sangramento) perda de tecido de periodontal de suporte (retração + profundidade de bolsa) envolvimento de furca e outras situações especiais alteração de mobilidade dentária exame radiográfico


- padrão de controle de placa: registro de placa residual fatores retentivos escovação traumática.


Tratamento de Apoio: informação e reforço da motivação instrução sobre controle de placa (trauma auto – infligido por escovação) raspagem e limpeza dentária pelo profissional; utilização de drogas (clorexidina, antibióticos e outras drogas antimicrobianas, irrigação de bolsa, dispositivos de liberação lenta).


Fatores que Determinam e Recorrência da Doença Periodontal: São dois os fatores determinantes. Um deles é quando a manutenção é deficiente, ocorrendo a recidiva generalizada; o outro, é quando ocorre o fracasso do controle de placa em uma determinada área ocasionando uma recidiva localizada.


Freqüência das Consultas de Manutenção: As consultas de manutenção são determinadas pelo nível de controle de placa pelo paciente; grau de compreensão e conhecimento do paciente; velocidade de formação e amadurecimento da placa; resistência à infecção produzida pela placa; variação dos fatores de retenção de placa; estado de saúde do paciente após a terapia periodontal; grau de destruição periodontal / idade do paciente; dentes com pouco suporte periodontal mesmo após o termino do tratamento com sucesso e hábitos oclusais. Estas consultas, baseadas no exposto, poderão ser mensais, tri ou quadri mensais, semestrais ou anuais.

Comentário: a fase de manutenção da terapia aplicada é o momento exato de avaliar a capacidade do profissional no sentido de motivar seu paciente em conservar e valorizar o tratamento aplicado. Nesta etapa, devemos re – empregar todos os princípios de motivação e prevenção, demonstrando desta forma, interesse pela situação do paciente. A correta manutenção é o mais importante fator de sucesso da terapia periodontal aplicada.

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Dr. José Sani Neto

Cirurgião-Dentista, formado em 1982 pela Faculdade de Odontologia da Universidade Federal de Santa Maria - UFSM/RS.

Especialista em Periodontia e Mestre em Fisiologia de Órgãos e Sistemas. Professor Titular da Disciplina de Periodontia da Faculdade de Odontologia da Universidade Metropolitana de Santos - FOUNIMES.

Coordenador dos Cursos de Especialização, Atualização e de Iniciação em Cirurgia Periodontal da FOUNIMES.

Professor Convidado do Curso de Especialização em Implantodontia - SENAC TIRADENTES/SP.

Professor Convidado do Curso de Especialização em Implantodontia - FOUNIMES.

Autor do Capítulo Tratamento Odontológico na Gravidez em "A grávida: suas Indagações e as Dúvidas do Obstetra", ed. Atheneu,1999.

Autor do Manual de Periodontia, ed. Atheneu, 2000.

Colaborador no Atlas de Prótese sobre Implantes Cone Morse. 1a. ed. São Paulo: Livraria Editora Santos, 2009.

Co-autor do Atlas de Implantes Cone Morse - da Cirurgia à Prótese. Ed. Napoleão, 2011.

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